Produzido pela cineasta pernambucana Adelina Pontual, o vídeo que narra um pouco do dia a dia da linha mais longa que já foi operada pela empresa Caxangá é fruto de muita pesquisa e dedicação. O trabalho audiovisual ainda revela detalhes que antes passavam despercebidos pelos passageiros, pois durante o longo trajeto do itinerário do ônibus, várias comunidades são percorridas, e as peculiaridades de cada localidade são ressaltadas no vídeo. A exibição convida a todos a fazer uma viagem por cores, sabores, rotinas, memórias e mudanças nos subúrbios de Olinda e Recife, em Pernambuco. No enredo, anônimos e personagens da vida real conhecidos das duas cidades contam suas histórias.
No canal de vídeos da internet, é possível encontrar diversos vídeos sobre a linha Rio Doce/Cidade Universitária. Abaixo, selecionei um deles. Assista!
Tão longo é o trajeto desta linha, que atualmente é operada pela empresa MobiBrasil, cruzando subúrbios e bairros tradicionais de Recife e Olinda, que se consome um bom tempo dentro do busão do início do seu trajeto até o terminal. O roteiro ainda inclui a entrada na Universidade Federal, levando e buscando estudantes que se dirigem diariamente ao centro acadêmico. Tanta popularidade rendeu até uma comunidade na internet em homenagem à Rio Doce/CDU.
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O documentário de Adelina Pontual rendeu diversos vídeos sobre a linha Rio Doce/CDU no YouTube |
O documentário da cineasta mapeia as paisagens urbanas e também traz fatos pitorescos que fazem parte desta linha de ônibus. De uma maneira objetiva e sob a ótica de um usuário de transporte público, alguns passageiros que participaram da exibição revelaram algumas modificações que as cidades receberam ao longo do tempo e discutiram temas como habitação, trabalho, violência, mobilidade, cultura, costumes e lazer.
O filme de 72 minutos estreou no Cine PE no ano passado, mas só em abril deste ano foi lançado para o grande público. Desde então, foram exibidas 12 sessões gratuitas em espaços urbanos que estão no trajeto da linha. Veiculado em um circuito de quatro semanas entre as duas cidades vizinhas, o intuito do longa é devolver e aproximar o filme dos moradores das comunidades, que muitas vezes não têm acesso a salas de cinema. A proposta da obra é se identificar com os protagonistas da vida real destacados nas filmagens. Em 2013, o trabalho de Adelina Pontual foi reconhecido e premiado por entidades que desenvolvem ações no universo da sétima arte.
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