Para quem faz do busão, uma verdadeira paixão!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

O triste fim de muitos ônibus: o ferro-velho!


Todos sabemos que tudo tem o seu tempo, principalmente aquele objeto que usamos com frequência ou mesmo um veículo automotor para o nosso transporte. Um automóvel, por exemplo, é lançado por uma montadora e revendido por uma concessionária. Os consumidores ficam na expectativa de “estreiar” nas ruas o tão sonhado carro novo. Neste caso, com o ônibus não é diferente. Muitos busólogos até fazem plantão nas portas das garagens de empresas esperando as novidades da renovação chegarem, para serem os primeiros a fotografar as máquinas novas!

No entanto, após um certo período que varia entre 7 e até 13-14 anos de vida útil, os coletivos, já muito velhos, assumem papel secundário nas atividades de transporte: ou são aposentados e ficam na garagem por um bom tempo esperando um comprador, ou são vendidos a escolas, empresas, órgãos privados etc, ou mesmo são vendidos diretamente para o ferro-velho e transformados em sucata.

Ônibus que outrora transportavam passageiros nas décadas de 80 e 90, hoje estão parados
Diferente das demais opções, na sucata o ônibus é desmontado e suas peças são reaproveitadas em outros veículos, como caminhões por exemplo. Há ainda aqueles ônibus que permanecem durante muitos anos parado, levando chuva, sol e enfrentando outras intempéries do tempo. Parece que o relógio é um inimigo, quanto mais o tempo passa, mais difícil fica aproveitar o velho ônibus. A única coisa que se torna viável é o reaproveitamento das peças.

Na minha infância, assisti a um desenho animado na televisão em que uma motorista de transporte escolar assistia triste aos últimos momentos de operação de seu velho ônibus. A personagem infantil insistia em dizer aos passageiros mirins que seu veículo iria, em breve, ser desativado e transformado em latinhas de refrigerante. Mas no final da história, uma reviravolta acontece: o ônibus da motorista é reformado e entregue, novinho em folha, a ela novamente e então o desenho ganha um final feliz. Mas, na vida real, nem sempre é assim.

No final do ano passado, eu e meu amigo busólogo Luiz Carlos visitamos um terreno com ônibus abandonados no bairro de Ponte dos Carvalhos, no município do Cabo de Santo Agostinho. A quantidade de veículos que outrora transportavam passageiros nos anos oitenta e noventa é grande, ao lado de peças e ônibus desmontados. No entanto, o que para muita gente não passa de sucata e ferro-velho, para nós, busólogos, são verdadeiras relíquias de um passado que não volta mais, mas que permanece eternamente imortalizado nas nossas memórias.

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