Todos sabemos que tudo tem o seu
tempo, principalmente aquele objeto que usamos com frequência ou mesmo um
veículo automotor para o nosso transporte. Um automóvel, por exemplo, é lançado
por uma montadora e revendido por uma concessionária. Os consumidores ficam na
expectativa de “estreiar” nas ruas o tão sonhado carro novo. Neste caso, com o
ônibus não é diferente. Muitos busólogos até fazem plantão nas portas das
garagens de empresas esperando as novidades da renovação chegarem, para serem
os primeiros a fotografar as máquinas novas!
No entanto, após um certo período
que varia entre 7 e até 13-14 anos de vida útil, os coletivos, já muito velhos,
assumem papel secundário nas atividades de transporte: ou são aposentados e
ficam na garagem por um bom tempo esperando um comprador, ou são vendidos a
escolas, empresas, órgãos privados etc, ou mesmo são vendidos diretamente para
o ferro-velho e transformados em sucata.
Ônibus que outrora transportavam passageiros nas décadas de 80 e 90, hoje estão parados |
Diferente das demais opções, na
sucata o ônibus é desmontado e suas peças são reaproveitadas em outros veículos,
como caminhões por exemplo. Há ainda aqueles ônibus que permanecem durante
muitos anos parado, levando chuva, sol e enfrentando outras intempéries do
tempo. Parece que o relógio é um inimigo, quanto mais o tempo passa, mais
difícil fica aproveitar o velho ônibus. A única coisa que se torna viável é o reaproveitamento das peças.
No final do ano passado, eu e meu amigo busólogo Luiz Carlos visitamos um terreno com ônibus abandonados no bairro de Ponte dos Carvalhos, no município do Cabo de Santo Agostinho. A quantidade de veículos que outrora transportavam passageiros nos anos oitenta e noventa é grande, ao lado de peças e ônibus desmontados. No entanto, o que para muita gente não passa de sucata e ferro-velho, para nós, busólogos, são verdadeiras relíquias de um passado que não volta mais, mas que permanece eternamente imortalizado nas nossas memórias.
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