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sábado, 22 de outubro de 2016

Conhecendo a história do nome da empresa São Judas Tadeu


A principal empresa de ônibus da cidade do Cabo de Santo Agostinho, município a 40 quilômetros da capital pernambucana, tem uma característica peculiar muito interessante envolvendo a história do seu nome. É que o seu fundador, o empresário José Faustino dos Santos, católico fervoroso e devoto de São Judas Tadeu, ao fundar a empresa na década de 1950, decidiu batizá-la com o nome do santo da Igreja Católica Apóstolica Romana. Por volta dos anos cinquenta, quando as poucas estradas existentes ainda eram precárias, o empresário abriu caminhos e, com apenas dois ônibus e em parceria com um sócio, Faustino dos Santos criou a primeira linha de ônibus ligando o município cabense à cidade do Recife.

Faustino dos Santos, o empresário que fez sua vida no Cabo de Santo Agostinho
Faustino dos Santos foi pioneiro ao implantar a primeira linha de ônibus ligando o Cabo de Santo Agostinho ao Recife. Com desprendimento, o empresário já ofereceu transporte gratuito para estudantes de baixa renda que se dirigiam diariamente ao Recife para estudar. Participou ativamente da luta pelos interesses do Sindicato das Empresas de ônibus (Urbana-PE), apoiando e defendendo a categoria, onde também exerceu durante muitos anos o cargo de presidente do sindicato. Segundo um site especializado na documentação da história dos transportes: 

"A São Judas Tadeu, que também ficou conhecida como 'Faustino dos Santos e Cia', foi uma empresa que sempre se caracterizou por manter um forte vínculo com a população local. Fundada na década de 50, a empresa recebeu o nome do santo São Judas Tadeu, famoso ícone da Igreja Católica Apostólica Romana, do qual seu fundador era devoto. Até mesmo as cores da pintura dos ônibus eram as mesmas das roupas de São Judas: vermelho e verde sobre branco. (...) O empreendedor José Faustino sempre trabalhou para oferecer um transporte melhor à população cabense e região. Tanto trabalho e dedicação trouxeram resultado. Ninguém podia imaginar que de uma frota de apenas dois ônibus uma empresa de transportes chegaria à ascensão."

Garagem da SJT no bairro de Santo Inácio, Cabo de Santo Agostinho/PE
Zeca Faustino, como também era conhecido, foi admirado por amigos e empresários. Um homem que sempre buscou conciliar suas atividades empresariais com a solidariedade e responsabilidade social, buscando apoiar as lutas sociais do povo cabense, assim como os filhos o definem. Sua trajetória de lutas e conquistas revela o caráter do homem empreendedor, que buscou sempre atender aos que mais precisam com serviços de qualidade. Seu modo de ser o tornou uma figura querida e respeitada. Preservava sempre a forma simples, sincera e humana de comunicar-se com seus semelhantes. José Faustino dos Santos nos deixou em 05 de julho de 1989, deixando um rico legado de aprendizado e um extenso caminho de frutos e conquistas a ser seguido pelos filhos.

Em 2010, o governo de Pernambuco inaugurou o Terminal Integrado do Cabo, em homenagem a Faustino dos santos
Sem dúvida, o legado de José Faustino dos Santos é exemplo para muita gente e o empresário até já virou referência para outros empresários de transporte. Em 2010, o governo de Pernambuco inaugurou, no centro do Cabo, o Terminal Integrado José Faustino dos Santos, uma homenagem ao fundador da principal empresa de ônibus do município. A ocasião contou com a presença da família Faustino dos Santos e também do então governador do estado na época, Eduardo Campos. Muitos cabenses fizeram questão de comparecer ao evento para prestigiar a solenidade.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Ônibus a gás é testado no Recife e a novidade é aprovada pelos usuários

Foto Scania/Divulgação
Com a proposta de trazer mais qualidade no transporte de passageiros e de emitir menos gases poluentes, o ônibus a gás está sendo testado no Recife nesses últimos dias e a aposta é que esse tipo de veículo possa finalmente ser adotado na capital pernambucana. Muitos usuários aprovaram o serviço, que é mais silencioso se comparado com os ônibus a diesel e que, segundo o fabricante, tem capacidade para rodar por 2 dias sem precisar ser abastecido, o que equivale a 450 quilômetros. Considerado como a solução mais sustentável para a mobilidade urbana, o veículo já foi testado em outras cidades como São Paulo, Paraná e Santa Catarina e apresentou bons resultados.

Testado pela Scania, o ônibus entrou em operação na última quarta-feira (19/10) e surpreendeu pela tecnologia e inovação, dispondo de motor traseiro, piso baixo, ar condicionado e câmbio automático. O veículo de modelo Padron possui 15 metros de comprimento e tem capacidade para transportar até 130 passageiros. O teste é fruto de uma parceria entre o Grande Recife Consórcio de Transportes, a Scania, a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) e a empresa Metropolitana. A ideia é trazer mais veículos como este e implantá-lo em todas as linhas do sistema caso o serviço compense os custos operacionais.

A linha escolhida para o teste do ônibus a gás é a Circular (Prefeitura/Cabugá), que percorre diariamente um percurso de aproximadamente dez quilômetros, em cerca de cinquenta minutos por viagem. Inicialmente, não houve qualquer custo para o sistema e o passageiro, já que a operação foi viabilizada em caráter de testes juntamente com quatro órgãos responsáveis pela adesão do veículo. Entre as novidades, o ônibus desenvolvido pela Marcopolo e pela Scania também traz a vantagem de entradas USB para carregar celular. Trazendo bom desempenho, o abastecimento de combustível é regulado por um software e realizado em apenas seis minutos, o que garante maior eficiência.

Primeiro ônibus a gás do Brasil foi testado no Recife na década de 1980 e foi apelidado de "Frevão".
Embora seja um grande precursor tecnológico, moderno e sustentável, o ônibus a gás já foi testado no Recife no passado. Na década de 1980, o conhecido "Frevão" desfilou pelas ruas da capital pernambucana e trazia uma boa alternativa em termos de viabilidade econômica e sustentável. No entanto, por pressão de entidades que representavam o comércio e a indústria de petróleo, a ideia logo foi abortada. Levando em conta que, na época, era mais burocrático trazer esse tipo de ônibus para circular. Hoje em dia, a realidade do sistema e do meio ambiente sugerem a adesão de veículos mais sustentáveis, que além de reduzir a emissão de poluentes, contribuem também para a maior qualidade de vida dos usuários do transporte público.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Caxangá consolida-se como empresa com 100% de atuação na zona Norte do Recife



Com a segunda maior frota de ônibus entre as empresas de transporte de passageiros da Região Metropolitana do Recife - cerca de 347 veículos - a Rodoviária Caxangá consolidou sua experiência no ramo de transporte com 100% de operação de suas linhas na zona norte do Recife e também parte de suas linhas em alguns bairros do município de Olinda. São 54 linhas distribuídas em 340 ônibus, servindo a 12 bairros da área norte da cidade, transportando cerca de 5,7 milhões de passageiros por mês. Na busca pelo melhor atendimento ao cliente, a empresa investe em treinamentos e capacitações, para sua equipe e seus colaboradores e a idade média da frota em operação é de 3,58 anos.

Em 2010, a empresa renovou sua frota com diversos ônibus da marca Torino
A Caxangá surgiu em 1992, mas seu processo de expansão se deu a partir dos anos 2000, com a aquisição da empresa Tamará. Em 2005, a Caxangá inaugura sua ampla sede no bairro de Peixinhos, em Olinda, onde concentra suas atividades e segue seu ritmo de crescimento. Em 2010, a empresa renova sua frota com ônibus de modelo Torino, uma das aquisições que entrou para a história da empresa por reafirmar seu compromisso na busca pela qualidade do serviço de transporte, elevando a companhia ao prêmio ISO 9001, um reconhecimento aos serviços prestados à população.

A empresa investe na busca pela qualidade do serviço de transporte
Ainda em 2010, a empresa da família Chaves optou por separar-se da Metropolitana, através de um acordo formalizado entre os sócios. Em 2013, um fato triste ganha as manchetes dos jornais: um ônibus da Caxangá, de número de ordem 001, é tomado por um incêndio criminoso na rua do Príncipe, nas proximidades da universidade Católica, Centro do Recife, causado por manifestantes que integravam partidos políticos. Na época, a empresa teve um prejuízo de cerca de trezentos mil reais e a foto do ônibus incediado viralizou nas redes sociais, sendo compartilhada por centenas de internautas.

Um ano depois, a empresa retoma o fôlego e dá início a mais uma etapa do seu processo de expansão, com a aquisição de 80% das linhas de ônibus da empresa São Paulo, desativada por não se enquadrar nas regras da licitação do transporte público, que passou a vigorar em 2014. Com 17 das 19 linhas que são incorporadas pela Caxangá, a empresa assume o desafio de dar conta da grande demanda de passageiros e, para isso, adquire diversos ônibus usados da empresa desativada em caráter emergencial. Sua renovação de frota mais recente foi de ônibus trucados, da marca Comil, para atender às linhas do Terminal Integrado de Xambá e ônibus de modelo Torino 2014, que dispõem de nova pintura e design robusto e diferenciado.

Foto do ônibus da Caxangá incendiado em 2013 viralizou nas redes sociais
Frente a novos desafios, a empresa consolida-se com 100% de suas linhas concentradas nos bairros da zona norte do Recife e também em alguns bairros da cidade de Olinda. Aos poucos, a Caxangá tem atingido a satisfação plena de seus usuários e colaboradores, traçando metas e buscando resultados, com sua presença cada vez mais fortalecida nos bairros e comunidades em que atende, criando um forte vínculo com a população. A Caxangá, detentora de uma das maiores frotas entre as empresas de ônibus do Grande Recife, é responsável por transportar cerca de 12% dos passageiros usuários do sistema.